[Do site do Avaí Futebol
Clube]
O município de Agrolândia,
localizado no Alto Vale do Itajaí, será homenageado pelo clube no jogo deste
sábado, dia 14, diante do CRB em Maceió. O goleiro Diego trará em sua camiseta
a imagem do “Casarão”, sede da administração municipal e um dos grandes
símbolos da cidade.
A comitiva de Agrolândia,
incluindo o prefeito, estará na Ressacada na próxima terça-feira, dia 17, para
receber das mãos do presidente João Nilson Zunino a camisa especial da
homenagem. Agrolândia completa 50 anos no próximo dia 25 de julho e foi
colonizada por alemães. A cidade tem cerca de 10 mil habitantes, conforme dados
do IBGE.
Festa da Colheita
Acontece em Agrolândia, nos
próximos dias 21 e 22 de julho, a 24ª edição da Fecol, Festa da Colheita. As
festividades ocorrerão no Parque da Fecol que irá sediar shows, desfiles
culturais, exposições, bailes e ainda contará com restaurantes de toda a gastronomia
local. O CTG também receberá competições de laço durante a Festa da Colheita.
A história do Casarão
O “Casarão”, muito mais que um
prédio histórico, representa o coração do desenvolvimento de Agrolândia. Sua
construção, ao longo de três décadas, relata a história do município, o
empreendedorismo, a sabedoria e o senso de prosperidade dos filhos da terra.
Com a chegada dos anos 20,
chegaram também novos imigrantes. Proporcionalmente cresceu a necessidade de
artigos de consumo. Assim surgiram as “vendas” onde os produtos puderam ser
negociados ou trocados por artigos de primeira necessidade.
Já no início dos anos 20,
Oscar Zwicker iniciou a construção do que seria hoje o nosso “Casarão”, abriu
uma pequena venda e um açougue, edificando a primeira parte do prédio. O
modesto negócio prosperou.
Ele era um trabalhador árduo,
econômico, e circunspecto, mas íntegro no seu procedimento. Ajudava muitos
colonos com crédito e dinheiro. Tinha um grande conhecimento da natureza humana
e um bom senso prático.
Na década de 30 ingressou na
área de fecularia, em fins de 36 a fábrica estava pronta, enquanto o prédio
também aumentava em área construída, a pequena venda se transforma em armazém
de secos e molhados, abrigando loja de tecidos, confecções, chapéus e
armarinhos.
Então, na década de 40 começou
expandiu seus negócios também para a área madeireira no município de Lages. Não
havendo estradas de acesso, era necessária a compra de áreas desmatáveis
suficientes para a implantação das serrarias. Enquanto isso, a última parte do
“Casarão” fica pronta.
Seu patrimônio agora envolvia
casa comercial, leitaria, funilaria, matadouro, fecularia e moderna serraria,
além de várias centenas de milhares de pinheiros. Nem a Segunda Grande Guerra,
nem crise alguma abalaram o império.
O “Casarão” abrigava então o
armazém de secos e molhados, loja de confecções, tecidos, chapéus e armarinhos,
açougue, os escritórios da empresa e ainda cedia gratuitamente salas para o
funcionamento do cartório e exatoria.
Os agricultores vendiam sua
produção e deixavam seu dinheiro na empresa, para ser reinvestido, como um
banco, tamanha era a credibilidade e confiança que depositavam no empresário.
Era um defensor do desenvolvimento local, de tal maneira que era constantemente
procurado por pessoas com interesse em montar algum negócio e por agricultores
querendo ampliar suas produções. Fornecia empréstimos em dinheiro ou facilitava
a compra de terras a um menor preço.
Em 1962, fez uma viagem de
negócios para Blumenau e Itajaí, adoecendo repentinamente, veio a falecer. Seus descendentes continuaram
a dirigir a empresa., até sua extinção.
As edificações permanecem, até
hoje, de propriedades particulares e públicas, como o nosso “Casarão”,
testemunhando uma época histórica de progresso e desenvolvimento.
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